terça-feira, 21 de abril de 2009

"Existo! Penso! Sinto!"








Cogito, ergo sum: "penso, logo existo";
ou ainda Dubito, ergo cogito, ergo sum:
"Eu duvido, logo penso, logo existo"
( Descartes)

Este filósofo, ao pôr em dúvida todo o conhecimento que, então, julgava ter, concluiu que apenas poderia ter certeza que duvidava. Se duvidava, necessariamente então também pensava, e se pensava necessariamente existia (sinteticamente: se duvido, penso; se penso, logo existo). Descartes então concluiu que podia ter certeza de que existia porque pensava.

"Eu existo!"
É da minha existência, de onde surge todo o meu desejo pelo conhecimento. Não apenas o conhecimento sistematizado, mas , também o conhecer da vida, do outro, de tudo que existe ao meu redor. Porque se percebo, eu sinto...Se sinto, posso dizer: estou viva!
Entretanto, quando me deparo com situações que são ocasionadas por atos impensados, impulsionados pela ganância, pelo desejo de ser único, primeiro; fico pensando se essa lógica de existir porque penso, não é uma furada, pois se o individuo não reconhece a existência do outro, como poderia existir sozinho, uma vez que, até mesmo para ser o tal, precisa de outro pra saber que ele existe.
É meio contraditório, ou difícil entender o porquê de existir, reconhecer que ato é uma prova da nossa existência. O que se percebe, é que quando agimos de forma positiva, dizemos: sou consciente, pensei antes de agir, porém se erramos, dizemos: agir sem pensar...Mentira!
Como diz o próprio discurso do filosofo, por reconhecer, duvidar, você é dono da sua existência.
Todo esse meu rodeio filosófico não é em vão, o que quero realmente, é lhe dizer que sou grata por você existir, por está lendo o que eu julgo ser importante conhecer - como a vida é significante, ao reconhecermos não só a nossa existência, mas a do nosso semelhante também. Pois, a solidão matar, faz com que esqueçamos de nós mesmos, nos obriga a acreditar que não vale apena existir. E, quando vivemos mergulhados no próprio Eu, num pensamento egocêntrico, somos incapazes de dividir, compartilhar, doar e, em troca, receber.

Devemos ter a humildade de reconhecer nossos erros, de perdoar...Tentar compreender o velho ditado: “Meu direito termina onde o do outro começa”, que se tenho direito de pensar, existir, o outro também tem; e que vale acreditar que "uma Andorinha só não faz verão..."


3 comentários:

  1. Realmente tudo o que está falando aí eh verdade! Eu gosto muito de ler sobre alguns filósofos e soubre algumas teorias, eu já tinha ouvido isso antes mas nao com uma explicação tao boa e clara desse geito, gostei de mais e recomendo. Sempre é bom ter mais conhecimento. =D


    JhesS!

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  2. Pois lanço sim a minha flecha, não como revanche, mas pela força do desejo em dizer a vc Menina-Mulher que bem sabe brincar com as palavras para deleite de todos nós seus leitores que a sua sensibilidade e a sua criatividade é ímpar quando brinca com as palavras e mostra com muita graça a sua alma freudiana. Parabéns!!
    Sou sua fã!!

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  3. Muitos falam que so Filosofos sao loucos,
    mas pensamentos como esses é que nos fazem refletir e evitarem erros na vida,
    se todos tivessem esse mesmo tipos de pensamentos o mundo nao seria o que é hoje...
    Vlw Leu, por postar coisas desse nivel de inteligencia..
    bjss

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