Meu caro amigo,
Todo esse tempo sem vim aqui, talvez tenha se esquecido de mim.
Mas hoje, só hoje, nesse momento, deixe-me colocar a minha cabeça no teu colo.
Mas hoje, só hoje, nesse momento, deixe-me colocar a minha cabeça no teu colo.
Há um nó em minha garganta.
Preciso que me ouça...
Sinto necessidade de colocar pra fora o que se passa em minha cabeça e no meu coração.
Não sei ao certo o que vou escrever. Não importa!
O que importa, é que essas palavras irão arrancar de mim esse vazio que me incomoda.
Já ouvi música. Suspirei fundo. Contive lágrimas que insistiam em cair dos meus olhos. E ainda, não consegui entender o porquê desses in sites de pensamentos que me levam e me trazem numa velocidade que me deixa tonta, que faz meu coração contorcer, bater forte, e minha alma querer desprender do meu corpo.
É essa Solidão!
Tudo culpa dela!
Maldita solidão!
O que faço pra me separar de você?
Solidão, você é traiçoeira!
Fingiu que tinha ido embora, mas ali estava todo tempo.
Enganou-me, mais uma vez, dentre tantas outras mais...
E eu, que pensei que estava feliz. Que ilusão!
Momentos fugazes nada mais...
Achei que tinha me livrado de você.
Tolice! Você não me deixaria.
É minha sombra no espelho. Como me separar de você?
Maldita! Traiçoeira...
Pergunto-me: Quando? Onde? Como? E por que se apossou de mim?
Tornei-me prisioneira de ti, dentro de mim.
Como me livrar se não tenho mais forças e nem estratégias pra lutar, nem um caminho a seguir.
Não tenho pra onde ir, nem braços, nem mãos para amparar-me, não tenho alguém para amar...
Ninguém para arrancar-me de ti.
Não existe um rival a sua altura. Um coração pra me defender. Ou até uma simples, serena paixão pra me acolher.
Nada é capaz de nos separar, de me tirar você...
Maldita Solidão!
Até quando vou te pertencer?