segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Maldita Solidão




 Meu caro amigo,

Todo esse tempo sem vim aqui, talvez tenha se esquecido de mim.
Mas hoje, só hoje, nesse momento, deixe-me colocar a minha cabeça no teu colo.

Há um nó em minha garganta.

Preciso que me ouça...

Sinto necessidade de colocar pra fora o que se passa em minha cabeça e no meu coração.

Não sei ao certo o que vou escrever. Não importa!

O que importa, é que essas palavras irão arrancar de mim esse vazio que me incomoda.







Já ouvi música. Suspirei fundo. Contive lágrimas que insistiam em cair dos meus olhos. E ainda, não consegui entender o porquê desses in sites de pensamentos que me levam e me trazem numa velocidade que me deixa tonta, que faz meu coração contorcer, bater forte, e minha alma querer desprender do meu corpo.







É essa Solidão!


Tudo culpa dela!

Maldita solidão!

O que faço pra me separar de você?

Solidão, você é traiçoeira!

Fingiu que tinha ido embora, mas ali estava todo tempo.

Enganou-me, mais uma vez, dentre tantas outras mais...

E eu, que pensei que estava feliz. Que ilusão!

Momentos fugazes nada mais...

Achei que tinha me livrado de você.

Tolice! Você não me deixaria.

É minha sombra no espelho. Como me separar de você?

Maldita! Traiçoeira...

Pergunto-me: Quando? Onde? Como? E por que se apossou de mim?

Tornei-me prisioneira de ti, dentro de mim.

Como me livrar se não tenho mais forças e nem estratégias pra lutar, nem um caminho a seguir.

Não tenho pra onde ir, nem braços, nem mãos para amparar-me, não tenho alguém para amar...

Ninguém para arrancar-me de ti.

Não existe um rival a sua altura. Um coração pra me defender. Ou até uma simples, serena paixão pra me acolher.

Nada é capaz de nos separar, de me tirar você...

Maldita Solidão!

Até quando vou te pertencer?





 

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