domingo, 13 de novembro de 2011

"Por que? Não sei..."


Meu caro amigo (a), 

Por que?
Não sei...

As palavras  sussurram o que olhos gritam.
As imagens em silêncio suplicam o que coração pulsa em lágrimas.

Por que?
Não sei...

O corpo é labirinto.
Nele se prende os mais secretos desejos, 
Marcas que não se apagam.


Por que?
Não sei...

As palavras  falam o que os lábios não descrevem.
As imagens em silêncio mostram o que a alma esconde.

Por que?
Não sei...

O corpo é fogueira.
Nele se guarda o fogo que encendia  a paixão,
cicatrizes de toques que não se curam.


Por que?
Não sei...

As palavras  emanam o que a pele suplica.
As imagens em silêncio propagam o íntimo do desejo.

Por que?
Não sei...

O corpo é cárcere.
Nele se prende a líbido que evapora no suor,
sensações que não se acabam.


Por que?
Não sei...

As palavras poderiam refletir o que não falo.
As  imagens em silêncio talvez diriam algo.

Por que?
Não sei...

O corpo é espelho.
Nele se prende o que o outro senti,
beijo que não se esquece.

Por que?
Não sei...

As palavras refletem o que se quer dizer.
As imagens em silêncio falam o que se pensa.

Por que?
Não sei...

O corpo é parte do outro.
Nele se guarda as lembranças,
saudade que não se mata.

Por que?
Não sei...

O corpo é oceano.
Nele se esconde tudo que se senti,
sonhos, desejos e fantasia.

Por que?
Não sei...

Apenas palavras e imagens em silêncio.




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